sábado, 3 de outubro de 2009

Literatura: Contos: " Estante"



























Estante

Acordei estranhamente em um quadrado vermelho, não pude entender, tinha certeza, que havia dormido em meu quarto, e agora? Como vim parar aqui? Levantei-me, e percebi algo estranho, eu estava nas alturas, sim! Olhei para baixo, e percebi que era como se eu tivesse em uma enorme estante vermelha, olhei para os lados, olhei para cima. Tinha o formato de um jogo da velha, e lá em cima havia uma bola, igualmente vermelha, uma enorme bola no primeiro quadrado da esquerda!
Que coisa esquisita, onde era aquilo? Por que vim parar aqui? Perguntas que se formavam e calavam-se incessantemente em minha mente! Como eu iria sair dali? Como? Eu olhava para baixo, era muito alto, não conseguiria pular, olhava para cima, e pensava, para que serviria aquela bola? Aliais para que serviria tudo aquilo? Será que haviam pessoas nas outras prateleiras também? Ou seria só eu? Procurei examinar, mas nada!! Não havia mais ninguém realmente!! Comecei a gritar por ajuda, alguém precisava aparecer e me tirar dali!
Mas as horas pareciam passar e nada acontecia! Já estava ficando paranóica, olhava para tudo que era lado, pensava, analisava, de repente se eu tentasse balançar a estante e a bola caísse e eu pulasse em cima dela... E se ela kikasse? E se eu não caísse em cima da bola?E se eu não conseguisse balançar a estante? E pior, e se a estante caísse? Ai desistia... O Jeito era esperar mesmo... Agora esperar pelo o que?Andava de um lado para o outro, olhava, olhava, gritava, cansava, sentava, parava....Era impossível, Nunca mais conseguiria sair dali?Que agonia! Eu pensava várias vezes em pular, iria mesmo morrer ali... Começara a pensar e ai desistia! Acabei com o corpo cansado e adormeci... Acordei e estava novamente em minha cama meu quarto meu tudo. Minha vida de volta! Nunca pensei que seria tão feliz de estar em meu quarto, quando fui abrir a porta para sair do quarto acordei novamente, ou será que voltei a sonhar? Lá estava eu de volta no quadrado vermelho sem escapatória, encerrada naquele pesadelo de agonia...





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