quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Introdução do meu livro "Mascaras da Vida" Obs: Já registrado autoria, em busca de editora interessada em lança-lo


Introdução



Partindo do pressuposto que todo o ser humano sofre de algum tipo de carência, surgiu-me a idéia de observar como que, nós convivemos e tentamos suprir essas carências. Será que temos consciência de que nos falta algo? Se sim, o que nos falta? E qual é a atitude que tomamos diante de nossos problemas?
Será que suprimos essas carências de maneira adequada? Ou seja, procuramos equilibrar nossas vidas? Ou será que tentamos mascarar nossas carências suprindo-as de maneira inadequada, com vícios e exageros, levando-nos a uma vida de desequilíbrio e, de certa forma, desgostosa?
Desse pensamento, procurei trabalhar não só com a observação geral de mim mesma e das pessoas, mais também com pesquisas em livros comportamentais e depoimentos diversos de pessoas diferentes e com diferentes carências e vícios.
Pode se dizer, (sobre meu ponto de vista), que a carência pode ser tanto física quanto emocional, sendo que, todas elas têm um motivo que as desencadeou, porém suas causas, não são o tema ao qual irei tratar aqui. A intenção é mostrar que a maioria de nós seres humanos, não enfrentamos nossas carências, seja pelo fato que não as enxergamos, ou talvez porque achamos que são sem importância, damos a culpa ao destino, nos conformamos, ou achamos impossíveis de supri-las, pois, não sabemos como.
Ao longo dessas páginas, tento mostrar que na verdade não convivemos bem com essa carência, pois, procuramos o conforto que ela nos tira de alguma outra coisa que nos conforta vivendo assim uma situação de desequilíbrio (físico e ou mental). Prejudicando-nos pelo exagero em algum setor de nossas vidas, o que aqui chamarei de vícios.


Algumas das carências mais comuns são (segundo minhas observações):
(Apesar de óbvias, achei que valia a pena lista-las aqui.).



- Falta de amor (tanto próprio como vindo de outros) o que pode gerar outras carências tais como: sentimento de incompreensão, solidão, depressão, falta de confiança em si mesmo e ou nos outros, pessimismo e dificuldade de relacionamento com outras pessoas.
- Deficiência física (pode gerar carência, pois, toda deficiência leva a pessoa à perda de algum movimento ou função do corpo.)
- Dinheiro, a falta de dinheiro gera diversas carências falta de alimentos, conforto etc.


Algumas maneiras (prejudiciais) e vícios que usamos para tentamos mascarar nossas carências:

- Exagerar e fazer uso de cigarro, bebidas e drogas.
- Manias diversas exemplos: cutucar a pele, arrancar os cabelos, verificar as coisas mais de uma vez etc.
- Comer demasiadamente o que nos agrada.
- Deixar de comer
- Ficar a maior parte do tempo livre em frente ao computador ou a televisão
- Exagerar em exercícios físicos
- Procurar viver em isolamento.
- Trabalhar em demasia e pensar só em ganhar dinheiro.


- Agarrar se ou apegar-se a pessoas que lhe prejudicam ou que você possa vir a prejudicar. Amar compulsivamente e cegamente alguém.



Uma observação a respeito dessa relação carência x vícios:



Em alguns casos nossa carência gera uma auto piedade, e é como se precisássemos dela, pois, ela nos faz ser alguém, por mais estranho que pareça, esse pode ser um motivo para que, ao invés de tentarmos enxergar essa carência e procurar o melhor jeito de trabalharmos ela de maneira positiva (procurar um jeito de acabar) com ela, ou se não houver como, ao menos procuramos ocupar nossa cabeça com outras coisas, por exemplo: Fazendo coisas mais construtivas em nossas vidas, preferimos (inconscientemente) fazer algo prejudicial a nos mesmos nos afundando em vícios que nos confortam, dando toda a culpa a essa nossa carência interior. (Pois parece que quando estamos fazendo uma coisa que nos conforta esse nosso vazio desaparece momentaneamente, o problema é que quando volta, volta redobrado). Não Creio que ha nada de errado em procurar ocuparmos nossa mente afim de não nos afundarmos de vez em nosso vazio interior, porém, nossa auto-piedade nos leva a fazermos isso de maneira negativa e auto- destrutiva, quando poderíamos fazê-lo de maneira construtiva e positiva.

Algumas sugestões de como poderíamos ocupar a mente positivamente: (Observe que são apenas sugestões, e que cada caso é um caso, e que só irá funcionar caso o individuo se identifique com a atividade proposta)



- Tocar algum instrumento ou cantar
- Escrever um livro, poesias, diário etc.
- Cozinhar
- Estudar coisas que nos agrade e nos façam progredir.
- Empenhar se em projetos que lhe façam sentir melhor.
- Traçar um objetivo na vida, e ir atrás dele até alcançar.
- Fazer artesanato
- Viajar conhecer novos lugares, estar em contato com a natureza.
- Fazer exercícios físicos sem exageros

Seja lá de que forma for que pretendermos suprir nossas carências, a melhor maneira é sempre aquela que nos faça sentirmos úteis, alegres, felizes e em harmonia, nunca aquela que nos de algum tipo de alegria momentânea e em compensação destrua-nos aos poucos fazendo com que vivamos em desarmonia constante, sempre nos sentindo para baixo nos queixando sem força de seguirmos em frente, usando a desculpa de que precisamos de nossos vícios para que agüentemos continuar a viver. Isso não apenas é uma ilusão como também não nos leva a melhora alguma, pelo contrário.

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