terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Poesia: Zumbi


Zumbi

Desfalecendo
Fui de encontro ao meu pior pesadelo,
Tentava não enxergar o que via, mas o preço era minha alegria.
Meu ser esta oco
Eram várias as evidências, mas eu as mascarava.

Pois com falsas e doces palavras a besta me ludibriava
Um demônio pouco a pouco me conquistava, me envolvia,
Numa farsa com cheiro de mentira,
Negra magia...


Minha mente entorpecia pouco a pouco com melancólica alegria.
Misto de conforto, conformismo e triste agonia.
Não era amor nem paixão, era torpor,
Assim como a droga inebria.

O demônio sorria feliz e se divertia,
Divertia-se em enganar,
Ensimesmado, a tristeza do outro era sua maior conquista.
Vibrava em extase doentio. Seu propósito? Seduzir, enganar, mentir...

Mas toda falsa felicidade tem seu fim, toda mentira tem sua face desvendada,
E assim fui espancada pela vida...
O sonho virou pesadelo da noite para o dia,
O sol enegreceu,

Nem lua nem estrelas, só o profundo breu da crua verdade desvendando-se, queimando-me, corroendo-me...

O anjo mostrou-se demônio
Ele brincava e sorria sarcaz
A cantar sua fúnebre melodia

A aplicar seu último golpe certeiro
Envolvendo me sua vitima, em gélido aperto,
Quebrando me os ossos, dilacerando minha alma, esvaziando o meu ser, matando...
Injetando todo seu veneno e ódio, sua vingança e seu delírio, levando e apagando minha vida...

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