quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

literatura: poesia: Jaula


Jaula


Jaula imaginaria,


Quase sólida,

Sólida, rígida e fria,

Como as grades de uma prisão.

Numa vida sem sentido e sem razão,

Sem porque de amanhecer!

A cada dia, um dia vazio de alegrias!

Cheio de insatisfação.

Cheio de sei lá o que, de tudo que eu não quero viver.

Quero resolver o que já foi resolvido,

Desfazer o que foi feito!

Refazer o que foi malfeito,

Apagar o ruim,

Desenhar e criar o bom!

Arrumar uma luz que ilumine a vida.

Amanhecer um outro dia,

Um dia para viver,

Um dia para esquecer...

Nascer numa arvore, uma outra vida,

Caber em uma gota de água,

Que a chuva arraste para junto ao mar.

E no mar misturar me e perder me.

Para bem longe daqui...

Dentro de um sonho bom sem fim.

Acordar em outra vida, outro dia.

Outro local, outra pessoa, outro destino.

Outra estória, outro planeta.

Onde haja um porque.

E o impossível torne se possível.

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