segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Poesia: Absinto



Estou caindo,
Nada sinto,
Abstinência de sentimentos,
Sem sentidos,

Entendo,
Que nada sou, estou... ao desalento,
Lento...

Tudo desinteressa,
Não tenho pressa.
Eu faço por fazer,
E vivo por viver...

Nada tem graça,
Perfeita desgraça!
Se ao meio tempo eu deixasse de ser quem sou,
Acabasse de existir...
Não teria nenhuma impotância

Tanto me faz
quanto tanto me fez

Essa existência nula,
Que é meu existir.

Na minha última hora do dia
Na minha última hora da vida

Eu queria não ser
Eu queria me abster
Eu queria encher meu ser
Queria a vida como deveria ser

Traga-me um absinto
Diga que eu sinto
Pelo menos por um momento

Deixa-me em devaneio
Sentir, ter e poder.
Viver...

Estou fracassado de fracassos


Esperanças sem sentidos

Preciso de todos os sentidos

Ofegante de carência

Que não quero querer....

 

























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